O INÍCIO

No Paraná, o início dessa história

Não é possível contar a história do Grupo DATERRA sem falar da vida da família de Clademir e Claudete. Uma vida de esperança, coragem e muito trabalho.

Filhos de agricultores do sul do Brasil, sempre muito cuidadosos e orgulhosos de seus filhos, essa família enfrentou os reveses da vida unidos e sem esmorecer.

Em 1980 Clademir, aos 16 anos, deixa Quedas do Iguaçu (PR), e se muda para Barracão (PR) para estudar e morar com seus tios, mas devido a dificuldades financeiras foi preciso trabalhar. A oportunidade surgiu na Reunidas S.A., na função de cobrador de ônibus na linha Barracão-Chapecó. Nesta empresa, Clademir trabalhou por seis anos, passando por várias setores e filiais, sendo que ao desligar-se exercia a função de gerente da filial de Cascavel/PR.

Em 1986 casa-se com Claudete e vai trabalhar por conta própria. Porém, sem sucesso e por influência de amigos, decide voltar para o sítio de seu pai e trabalhar na plantação de fumo, onde até hoje pode-se visitar o barracão construído à época.

Desejando uma vida de melhores oportunidades, em pouco tempo o casal muda-se para Foz do Iguaçu deixando a plantação de fumo aos cuidados do pai de Clademir que volta a trabalhar na área de transporte, como auxiliar administrativo da Transportadora Cattani. Em pouco tempo é transferido e promovido a gerente da filial de Curitiba.

Empreendimentos

Foram 13 anos investidos em empreendimentos na área de transportes

Morando em Araucária – grande Curitiba, Caldemir, com seu espírito empreendedor, decide montar uma mercearia ao lado de sua primeira casa própria. Claudete ajuda na renda familiar cuidando deste negócio, dos afazeres de casa e dos filhos (Juliano com 5 anos e Jaqueline com poucos meses). No entanto, a iniciativa da mercearia não obteve sucesso desejado.

Nos 13 anos em que moraram em Araucária, Clademir empreendeu três transportadoras que não evoluíram. Foram muitos os desafios: acidente com os caminhões, com perda de mercadorias e até com perda total do veículo, roubo de carros e inclusive sócios oportunistas, sendo preciso vender a casa para quitar as dívidas. Claudete que aperfeiçoou-se como manicure conquistou sua clientela com seu jeito meigo e profissional, sempre contribuindo na renda da família, enquanto Clademir tentava novas oportunidades no mercado de transportes como gerente.

A situação financeira da família chegou a um ponto em foi preciso buscar outras oportunidades. Esse foi um momento decisivo para seu o futuro.

Primos ofereceram a oportunidade de cuidar de um de seus negócios no Mato Grosso, mas foi numa visita aos irmãos no litoral norte de São Paulo que a vida ganhou um novo rumo.

Caminhos

No litoral norte de São Paulo, um novo caminho

Em 2003, com algumas malas e um Del Rey antigo, recomeçaram a vida trabalhando de caseiros na propriedade de Da. Flávia Ribeiro na Barra do Sahy. No entanto, no Paraná ainda ficaram, aos cuidados de um advogado, alguns negócios pendentes que ao longo de muitos anos foram sendo quitados.

Incansável na busca de novas oportunidades, Clademir cursou, a distância, pelo Instituto Universal Brasileiro, o curso profissionalizante de manutenção de máquina de lavar, geladeira e fogão. E com seu espírito empreendedor montou sua oficina e passou a oferecer esses serviços em São Sebastião/SP.

O trabalho de caseiro na Barra do Saí e o trabalho da Oficina não combinaram, levando a família a ir trabalhar de caseiros em casa de Da. Leila, na Praia da Baleia. Esse arranjo, o trabalho de caseiro e a oficina, não passou de sete meses.

No final de 2005, a convite, a família voltou a trabalhar para Da. Flávia Ribeiro e o Sr. João Paiva Neto aceitando uma proposta arriscada, dixando o recomeço de vida no litoral norte de São Paulo e mudando-se para uma região desconhecida, sem familiares e amigos, indo para o Sul da Bahia, na Fazenda Barra do Tijuipe.

Nos períodos em que a Fazenda recebia muitos hóspedes, os cuidados com o preparo das refeições eram redobrados. Mesa para o café da manhã.

A mudança para o Sul da Bahia. foi muito rápida, tanto que Clademir e Claudete vieram de ônibus. Juliano ficou com os tios no litoral norte de São Paulo, enquanto Jaqueline foi para Quedas de Iguaçu/PR, acompanhada pelo seu avô, Sr. Leotil, indo morar com seus tios para que no final do ano letivo todos pudessem se reencontrar

Quando chegaram a Fazenda Barra do Tijuipe encontraram pessoas que até hoje se fazem presentes, as quais foram parte fundamental de uma “nova família” que se formaria em Itacaré. Hamilton Nascimento, Admilson dos Santos (Gogó) e Admilson de Jesus (Cabeça) estiveram sempre ao lado do casal, oferecendo todo o suporte. Além da Fazenda onde o casal morava, Clademir passou a cuidar de mais quatro fazendas do mesmo dono.

Coragem

Cada oportunidade foi abraçada com coragem e muita dedicação

Passados pouco mais de 2 anos, parte da Fazenda foi vendida para um grande empresário brasileiro e não demorou muito para que ele decidisse construir uma residência naquele local, mobilizando para à obra profissionais de São Paulo e Rio de Janeiro. Assim, o casal teve a oportunidade de conhecer pessoas que se tornariam muito importantes e algumas das maiores estimuladoras do seu sucesso, a exemplo dos engenheiros Martin Daniel e Ricardo e do contador Edmilson Figueiredo.

A afinidade foi imediata e naturalmente passaram a reunir-se com frequência para conversar sobre o andamento da construção. De imediato Clademir recebeu um convite arriscado, mas que mudaria sua vida grandiosamente. A equipe responsável pela obra solicitou que o amigo investisse na compra de um ônibus para transportar os funcionários da construtora de Ilhéus que estava executando a obra. Com muita ousadia e determinação, Clademir aceita mais esse desafio e decide reunir todas as suas economias desse recomeço de vida e comprar o ônibus.

Clademir pretendia conciliar o trabalho de caseiro com a administração do transporte dos funcionários, mas esse plano não se realizou. Novamente a família se viu diante de um dilema: empreender ou empregar-se?

Clademir e Claudete, com o incentivo dos amigos, decidiram levar adiante a empresa de transporte dos funcionários. Nesse tempo, percebendo a necessidade de fornecer quentinhas para alimentação desses funcionários, com 5 mil reais emprestados o casal decide mudar-se para Serra Grande (Uruçuca) para abrir um pequeno restautante: Sabor DATERRA.

Enquanto isso, Clademir assumiu a responsabilidade de formar uma pequena equipe – cerca de 5 pessoas – para cavar algumas valetas para as instalações elétricas e hidráulicas da obra.

A casa que abrigava o restaurante e a cozinha das quentinhas logo se tornou pequena. O tempero caseiro de Dona Claudete, com o apoio de seu braço direito, a funcionária Rosenilda Nascimento, conquistou uma clientela fiel e crescente. Foi com o proprietário do Posto Dom Eduardo II, Sr. Cleiton, que o casal consolidou uma parceria para a locação de um espaço mais amplo para ampliação do restaurante e a implantação de uma loja de conveniência. Essa parceria fortaleceu-se e se tornou uma importante amizade.

Não demorou muito para que o olhar visionário e empreendedor do casal apontasse para a necessidade de trazer uma padaria de qualidade para o local e, para isso, deram início ao serviço de comercialização de pães congelados que eram adquiridos de uma empresa de Itajuípe (BA). Eles eram assados por Clademir e Claudete no local, todos os dias às 3h da manhã. Criou-se assim o Sabor DATERRA – Restaurante, Padaria e Conveniência.

DATERRA

Os primeiros empreendimentos DATERRA

O restaurante cresceu, ocupando uma nova área construída anexo às antigas instalações, ao mesmo tempo em que o casal comprava um terreno para possíveis novas instalações da padaria.

Em 2009 o casal viveu um de seus melhores momentos: estar presente a formatura de Juliano no curso de Administração de Empresa. Foi também neste ano que a produção de pães deixou de ser terceirizada e a pequena padaria foi construída no terreno adquirido.

A DATERRA Manutenção e Serviços cresceu paralelamente ao Sabor DATERRA e, em menos de um ano, passou de uma equipe de 5 para mais de 70 funcionários, se tornando a responsável pela construção e finalização da casa, além dos serviços para a parte de jardinagem.

Próximo ao restaurante Sabor DATERRA foi posto a venda um mercadinho e, com coragem e influência de um ex-funcionário e amigo da família, Sr. Ézio Julius, o casal o adquiriu-o dando o pontapé inicial no novo projeto. O empreendedorismo de Clademir e as suas habilidades administrativas possibilitou que em menos de 6 meses a estrutura se tornasse pequena e o Mercado DATERRA passasse do espaço alugado de 40m² para a sede própria com tamanho de 160m².

Mesmo com o final da obra do empresário paulista a DATERRA Manutenção e Serviços continuou prestando serviços para empresas e famílias, fazendo reparos e reformas, além de construir em Serra Grande duas casas para funcionários. Com a crescente demanda por mão de obra na área de construção civil e a necessidade de atender as demandas de suas empresas, o casal optou por fechar o Restaurante Sabor DATERRA, Ainda hoje são muitos os pedidos para que volte a funcionar.

A sede do Mercado DATERRA foi ampliada e passou a ter uma área de quase 400m² passando a oferecer outros serviços, como açougue, lanchonete e sorveteria. No piso superior foram instalados o escritório do Mercado e da “Manutenção e Serviços”, além de dois apartamentos para locação.

Com o crescimento do empreendimento, novas necessidades foram surgindo e, para atendê-las, Clademir e Claudete decidiram comprar um novo espaço, onde foi construído um depósito equipado com câmara fria.

A padaria que se localiza próxima a Praça Pedro Gomes, na região central da vila de Serra Grande, foi oferecida para locação e se tornou uma nova filial, oferecendo para os clientes os mesmos produtos de panificação com fabricação própria, além de espaço para café da manhã, lanches e mercearia.

Os investimentos mais recentes do Grupo DATERRA foram voltados para a construção de um poço artesiano, a instalação de um grupo gerador de energia e a construção de uma pousada com 5 apartamentos.

Aproveitando todos os materiais adquiridos para os serviços de construção civil e reparos surge a DATERRA Materiais para Construção, inaugurada em 19 de maio de 2014.

Pensando no futuro e com os olhares voltados para a esperança no potencial de crescimento e desenvolvimento da região a empresa já investiu numa nova propriedade de 1500m², com o objetivo de interligar todas as lojas.

Ainda que o Grupo DATERRA tenha crescido e tenha potencial para seguir crescendo, a maior conquista do casal foi possibilitar aos filhos estudar e se qualificar. Juliano concluiu a Pós-Graduação em Logística e Jaqueline graduou-se em Gastronomia e Relações Públicas. Motivo de grande orgulho!

O Grupo DATERRA acredita na capacidade de seus colaboradores e valoriza o capital humano, sendo o bom relacionamento e a harmonia com os seus colaboradores a base do seu serviço e o diferencial da empresa. Atualmente, são 42 empregos diretos e cerca de 20 indiretos, de forma que se procura valorizar as pessoas nativas e que se predispõe a crescer e aprender com a empresa.

Gratidão

A importância da amizade, da solidariedade e do reconhecimento

Clademir e Claudete agradecem às pessoas que durante esse percurso contribuíram para a sua formação e para a realização desse empreendimento.

Em primeiro lugar a Deus e seus familiares que sempre estenderam a mão nas horas difíceis e em especial:

    Admilson de Jesus (Cabeça)

    Admilson dos Santos (Gogó)

    Cleiton Machado e família

    Edmilson Figueiredo

    Flávia Ribeiro

    Hamilton Nascimento

    João Paiva Neto

    Leila de Andrade

    Martin Daniel

    Ricardo Lemos Furtado

E um agradecimento em particular aos seus primeiros funcionários:

    Adenisio Santana (In Memoria)

    Agnaldo de Jesus (Nadinho)

    José Alves Filho

    José Carlos (Goió)

 

    Rosenilda Nascimento

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